As plataformas no-code e low-code já se consagraram como o novo “boom” da tecnologia?

Sem dúvida, a tecnologia tem modernizado o nosso cotidiano num ritmo frenético. E é quase certo prever que entre a oferta e a demanda de profissionais da área, haverá uma lacuna enorme a ser preenchida. E isso pode ser um grande problema diante da enormidade de aplicativos que serão desenvolvidos nos próximos anos. A busca por desenvolvedores qualificados no mercado pode ser um grande desafio a ser enfrentado pelo mercado de tecnologia no mundo inteiro.

As plataformas no-code e low-code, como todos sabemos, facilitam o desenvolvimento de protótipos ou até mesmo aplicações completas por meio de recursos visuais, sem a necessidade do conhecimento total de código. São alternativas ao processo de desenvolvimento tradicional. Para as pessoas que possuem algum conhecimento de programação, as plataformas low-code permitem o desenvolvimento de aplicativos móveis com um simples “arrastar e soltar”. Isso faz com que desde o design, passando pela implementação e o lançamento de uma solução toda feita na plataforma sejam executados de forma simples e rápida.

Ao invés de utilizarem milhares de linhas de código em projetos desenvolvidos, as empresas utilizam as plataformas low-code com uma abordagem quase totalmente visual. O Gartner estima que o desenvolvimento low-code código será responsável por mais de 65% das atividades de desenvolvimento de aplicativos. Já as plataformas no-code - ao contrário do low-code - dependem completamente de ferramentas visuais e exigem pouquíssimo suporte. Com menos custos no processo de desenvolvimento das aplicações e muito menos tempo para sua implementação, as equipes - mesmo as não qualificadas - podem fazer uso dessas plataformas para o desenvolvimento de soluções para as empresas.

Identificar as vantagens na utilização de plataformas no-code ou low-code não é uma tarefa difícil. A economia de tempo no desenvolvimento de soluções significa uma rápida demonstração desses produtos aos clientes finais, fazendo com que essas empresas estejam sempre um passo à frente da concorrência. A economia com mão de obra e tempo são claramente percebidos. A redução da necessidade das equipes de TI se dá até certo ponto, visto que as pessoas comuns que utilizam as plataformas no-code e low-code contribuem para a automação de praticamente todos os processos. Mas a presença do desenvolvedor tradicional ainda se faz presente, complementando ou aprimorando as soluções criadas nestas plataformas.

É certo que nem tudo é um “oceano azul” quando nos referimos a estas tecnologias, pois há limitações para tudo. Afinal de contas, o trabalho do desenvolvedor tradicional que codifica milhares e milhares de linhas de código, possibilita a personalização das soluções, principalmente em casos mais complexos, enquanto que nas plataformas no-code e low-code, podem haver algumas limitações nos modelos disponíveis e algumas personalizações e integrações podem ser igualmente limitadas. Portanto, a criação de aplicativos críticos com uma base de usuários pesada, pode ser uma tarefa mais complexa em plataformas no-code ou low-code. Mas essas limitações certamente diminuirão com a evolução dessas ferramentas e a aderência massiva de usuários nas plataformas no-code e low-code. Um futuro breve nos dirá o que mais será possível com essas tecnologias.